O petróleo e o gás são estratégicos para um projeto de nação soberana e para seus cidadãos. Isso começa na soberania energética, mas vai muito além, pois há muitos ganhos relacionados com isso.
Comecemos então pela soberania energética. Ao estruturar toda a cadeia de produção de petróleo e gás num país, colocando nas mãos de uma estatal ou de várias estatais, é possível com que o país não dependa ou dependa poucos de terceiros para alimentar sua indústria, serviços e consumo doméstico.
É possível assim sofrer menos com crises internas e controlar seus preços.
Do mesmo modo, aumentar a competitividade da indústria nacional. Por isso, é importante cuidar do refino do petróleo, que permite esta proteção do país às intempéries econômicas mundiais.
Ao redor da indústria de petróleo e gás, há também diversas outras, que fornecem insumos. Uma política que privilegie conteúdo nacional permite o crescimento da indústria naval do país, por exemplo, pois ela produz plataformas para exploração, navios para transporte e etc.
Esse ciclo foi experimentado enquanto a Petrobras adotava essa política.
E onde há refinarias, poços, cidades-dormitório de plataformas há um aumento na demanda por serviços como alimentação, hospedagem, transporte, lazer. Assim, pode-se criar um círculo virtuoso nas comunidades ao redor.
Tecnologia
Outro aspecto interessante dentro de um projeto de nação é a produção de conhecimento. Toda atividade econômica mais sofisticada exige tecnologia.
Para ir além de ser mero comprador de tecnologia estrangeira, é preciso desenvolver a própria, deixar de ser importador de ciência.
A Petrobras fez isso quando desenvolveu métodos geológicos para localizar petróleo no fundo do mar. Depois de descoberto o Pré-Sal com profundidade de 7 mil metros, abaixo de camada salina de rochas, precisou desenvolver tecnologia para extrair o produto de lá.
Foi necessário muito estudo e investimento para vencer todas as condições adversas para conseguir. Este conhecimento criado aumentou o valor da empresa brasileira.
E é quase certo que esta tecnologia poderá ser um dia adaptada para outros fins ou servir de ponto de partida para uma nova. É assim que funciona a ciência e deter este conhecimento vale ouro. É sintoma de avanço.
A Petrobras tem um centro de treinamento de altíssimo nível, a Universidade Petrobras, e segue aprimorando seus métodos e fazendo descobertas, enquanto qualifica seu pessoal.
Os diversos técnicos da empresa são cobiçados no mundo todo por serem referência na área.
Desenvolvimento humano
Assim como fizeram os países nórdicos, especialmente a Noruega, hoje entre as nações líderes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o petróleo e o gás também podem ser indutores de melhoras sociais.
Esses países fizeram fundos com as receitas dessas atividades e financiaram os serviços públicos como saúde e educação.
No Brasil, foi criado o chamado Fundo Social do Pré-Sal, que prevê 75% dos royalties da exploração deste tipo de petróleo seja encaminhado para a Educação e 25% para a Saúde. Ter mais recursos nessas áreas é uma chance de repetir o salto dos países nórdicos, que no século XIX estavam entre os mais pobres do continente.
Assim, se bem aplicados, os recursos oriundos do petróleo e gás podem alavancar o desenvolvimento humano da nação.
O Brasil não pode perder este barco, por isso é importante ter a Petrobras estatal, inteira e trabalhando para a cumprir a sua parte neste projeto.
Futuro
Isso tudo se apoia numa visão de futuro. Acredita-se que por pelo menos 40 a 50 anos o petróleo e seus derivados ainda tenham papel de destaque na economia mundial.
Enquanto isso, essa indústria deve ser usada como forma de financiar o desenvolvimento da sociedade.
Ao alavancar a educação, cria-se também uma janela de oportunidade para a ciência. Terá sucesso quem desenvolver energia limpa, com menor impacto, assim como novos conhecimentos para melhorar a vida das pessoas.
Um projeto de nação forte e soberana passa por isso. E passa pela Petrobras.
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