Disponível em todas as refinarias desde o último dia 3 de agosto, a nova gasolina da Petrobras antecipa os padrões que serão obrigatórios pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apenas em 2022, que é gasolina com octanagem RON 93.
A ANP determinou que a partir de agosto de 2020 a gasolina passará a ter densidade mínima de 715 kg/m³ e octanagem mínima de 92 pela metodologia Research Octane Number (RON). Já em janeiro de 2022, a octanagem mínima obrigatória será de 93, que é a que a Petrobras já começa a oferecer.
Isso coloca a gasolina da estatal brasileira em um nível próximo das gasolinas vendidas em países europeus e também nos Estados Unidos.
Maior octanagem
Antes da mudança a octanagem da gasolina comum no Brasil era RON 91. Octanagem ou “índice de octano” é o índice de resistência à detonação de combustíveis usados em motores a gasolina, etanol, GNV e GLP automotivo. Quanto maior o RON, maior a octanagem.
A octanagem não é diretamente ligada à qualidade do combustível, mas motores mais potentes e também mais modernos necessitam de uma maior resistência à ignição espontânea por terem alta compressão e, por consequência, alta pressão interna.
Um combustível de baixa octanagem nesses motores é sujeito a pequenas explosões e à chamada “batida de pino”, que é resultado de choque de metal contra metal no interior do motor, o que causa graves danos.
Para regular a octanagem, alguns aditivos são utilizados. Dois deles, o tetraetilchumbo (chumbo tetraetil) e o tetrametilchumbo, ainda são usados em alguns países do mundo, mas estão gradativamente sendo proibidos pela alta toxicidade, sendo inclusive cancerígenos.
O Brasil foi um dos pioneiros mundiais a abandonar os compostos de chumbo na gasolina, tendo feito o processo entre 1989 e 1991. A partir daí passou a usar o etanol anidro como aditivo de regulagem de octanagem, o que reduz a emissão de poluentes. Vários outros países também proíbem o chumbo na gasolina, como por exemplo o bloco da União Europeia.
Ganhos de desempenho, economia e segurança
Por ser mais denso que o tipo anterior de gasolina, o novo combustível propiciará em média uma economia de consumo de 5% por quilômetro rodado, dependendo do tipo de motor. Isso fará com que a economia dele no tanque compense com sobras o aumento de cerca de 1,5% no preço.
Para completar, a nova gasolina melhora o desempenho do motor, garantindo melhor dirigibilidade, menor tempo de resposta na partida fria e aquecimento adequado do motor.
A densidade maior do combustível também trará mais segurança, já que dificulta a adulteração, pois a nafta de baixa qualidade e os solventes utilizados pelos fraudadores possuem volume diferente e que é facilmente detectado nessas novas condições.
Só uma empresa estatal e preocupada com o Brasil como a Petrobras é capaz de se antecipar a novos padrões antes que eles sejam obrigatórios.
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